Sou o silêncio aos olhos teus
Minha boca ressecada se cala
Com o olhar que tu me desferes.
Molha meu ombro com tuas lágrimas
Já não sou como antes
Sou escravo dos meus sonhos
Sou um herdeiro do egoísmo que viví
Mas que nunca foi meu.
Eu sei que sozinho a vida é difícil
E me vi em teus olhos tão bem
acompanhado...
Aonde foi parar o futuro planejado?
Quantos milhões valem os nossos
sonhos...
Como eu queria tê;la novamente
em meus braços!
Teus abraços, tua voz que me
emudecia,
Minha mãos em tua pele,
Seu corpo sobre o meu, nós juntos,
enfim.
O que foi meu ficou em ti,
Talvez esquecido nalguma gaveta
Talvez não tenha guardado tão bem,
na verdade,
Porém prefiro acreditar que sai o
sol,
De dentro de ti todas as manhãs,
Nesse frio que faz no seu
continente,
Nos sorrisos que recebo de cada
desconhecido...
Meus olhos não choram. Desculpe-me!
Sofro calado. Sofro de ausência,
E a dor não cala, transborda em meu
peito,
Mesmo que eu não posso chorar pela
coronária,
Saiba que sinto sua falta, menos
ontem, muito mais hoje.