quarta-feira, 9 de julho de 2014

Será que já amanheceu

Será que já amanheceu?
Eu vejo a claridade fora da janela
O Sol parece ter chegado
Mas como tudo em minha vida é ilusão...

Será que o tempo passou?
E os relógios, não estão super atrasados?
Como se tivessem uma máquina do tempo imbutida?
Ou seriam eles a tal máquina do tempo?

Será que já acordei?
Não, eu ainda devo estar dormindo...
Parece que tudo é bem real
Mas não sei se conheço a realidade...

sábado, 5 de julho de 2014

Dorothi

Para dizer-me teu, Dorothi
E ser simples como um rio,
Ou ser uma abelha a roubar-te o mel,
Fiz-me um amante fervoroso
Da natureza que cresce sobre a terra e,
de ti, E digo-te assim que, por essência,
Pertenço-te em alma,
Alma pura envolta em laço.

Para ser realmente teu, Dorothi,
Beijei o Sol das manhãs sobre a janela,
E vi-nos nas histórias não contadas
Essas que retratam os negros apaixonados
Histórias tristes com finais felizes
E ri-me inteiro de mim,
Por não oferecer resistência a entregar-me a ti.

Dorothi! Dorothi! Dorothi!
Não é teu nome, nem tua essência...
Mas sou eu quem não se cala
E transfigurando seu rosto em nome
Posso ter-te aqui comigo
Em meus poemas mais apaixonados!

A crueldade é um luxo, Dorothi,
Como a distância o é. E estou só,
Dentro do esperado, na idade certa
A gozar da vida, o pleno Púlpito
E não mereço nada, além de ver-te lasciva
Orvalhada como a bela cria da terra que és,
Uma bênção que me consola a visão.

Tornar-me-ei senhor de mim, Dorothi
Como os ventos que comandam seus destinos,
E não irei de encontro ao etéreo
Permaneço onde meus pés melhor tocam o solo, descalços
Onde nasci e me vi apaixonar tantas vezes
Pela mesma camélia jocosa
A divertir-se comigo, da minha desgraça
Neste amor que nasce feito furacão
E morre só, no asilo da alma.