terça-feira, 15 de setembro de 2020

Renascer e renascer

Você nasce sempre diante dos meus olhos
É segunda é terça...até sábado e domingo
Você não para de nascer, todo dia
De janeiro a dezembro. 
Seu sangue esparrama, placenta larga
Farta de sangue, escorrendo.
É belo teu Nascimento. 

Te vejo nascer, te vejo crescer
Te vejo no auge e na decadência
Todo dia, quando teu corpo se cobre de escuridão, eu te vejo. 
Tua morte sublime, teu corpo esvaindo
De volta à placenta.
Tua morte me tira a alegria.
Tua morte me cobre de luto. 
Estou à tua espera, todo dia
Segunda e terça e quarta e domingo
Fevereiro março abril e dezembro
Se você demora eu não acordo
Não me levanto, te espero
Não fui feito para viver sem tua companhia
Você morre eu morro
Você vive eu vivo
Eu sou eterno quando vejo você. 




Cada gole de ti

Cada gole de ti é água fresca. 

Vertendo em meu corpo

Me inunda. 


Eu transbordo por ser raso

Tudo em ti é profundo

Caverna e poço

De imenso e inesgotável prazer.