quarta-feira, 4 de maio de 2016

Ser poema

É poesia presa, Viviane.
E sufoca a alma;
É uma ansiedade latente
Como um eterno querer
Volver a casa materna.

Meu Câncer, tuberosidades
Excrescências letais
Cada pensamento noturno
Cada angústia Laringínea
Sufocando minha liberdade
Tirando-me o ar...

Tudo que eu tenho é poema.
Tudo que eu sou é um querer.
Tudo que anseio é libertar-me
Dos grilhões literários que me meto
Ao ler, ao pensar,ao almejar
E nunca ser hábil em
Transcrever meus pensamentos...

Loucura, como o amor por Anjos,
Um crime inafiançável
Suspirar quando a Lua chega
Pois à janela do quarto mora o céu,
Esse outro ser místico,
Pedaço de mim, onde as aves,
Presas às asas, voam
Como se bater asas fosse poesia
E suas coreografias,
Cantos visuais contra a monotonia,
Tendo a lua como nobre expectadora
Fosse a escrita mais natural sublime.

Não quero ser ave, quero ser poema!
Poesia é cativa da alma
Revoltada, mata sufocando seu algoz
E é sem si o mal do poeta...
Poema é a forma livre do espírito
A felicidade transcrita
E eu prefiro as letras no papel
Ao sangue em minhas veias!











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