sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Cello

Quando vi teus olhos madeirados,
Que me fitavam frivolamente,
Teu corpo sensualizado,
Tornou-se tormento pra minha mente.

Dessa paixão que me tomou,
Só tu traduziste em melodia,
Só teu canto canta esse amor,
Obsessão renascida!

Tenho em mãos minha maior virtude,
Traduzida em Mogno e Carvalho,
Entre acordes e não amiúde,
Tive tal dádiva em meus braços.

Tua forma e perfeição,
Cuja curva é desastre aos desatentos,
Traz a cada acorde a maldição,
Um sofrer timbrado em desalento.

Nos teus gritos me debulho,
E sofro, a tua dor mais sofrida,
Entre a Banshee que te habita no fundo,
E teu silêncio emoldurado em poesia!

Quatro caminhos a perder-se,
Possuis nos braços minha ambição,
Traduzir-te tentei por mais de mil vezes,
Percebi que és sentimento sem tradução.

6 comentários:

  1. Um pouco dos dois, eu acho...ainda não me decidi. Eu também tenho uma musa!

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  2. Uma? Ce é um dos cabras mais safados que eu conheço, teu coração é enorme que eu sei! ahahaha

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  3. Que isso,mocinha...sou um jovem sonhador solitário no amor e com boas amizades, apenas...

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  4. Poeminha da Negação da Afirmação

    Sou um homem bem comum
    sem nenhuma aspiração.
    Não quero ser general
    e muito menos sultão.
    Sou moderado de gastos,
    de ambição reduzida,
    não sonho ser big-shot
    estou contente da vida.
    Nunca invejei o próximo
    nem lhe cobiço a mulher,
    pego o meu lugar na fila
    e seja o que Deus quiser.
    Não sou mau pai, nem mau esposo,
    Grosseiro nem invejoso
    - só um pouco mentiroso.

    Millôr Fernandes


    Todos são! Pronto, falay! hahahaha

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  5. Ahhh, mas não to fazendo juizo de valor disso não...

    Como diria Raul Seixas (ai que piegas que eu to hj): porque quem gosta de maçã, irá gostar de todas, porque todas são iguais... (Maçãs, kiwis...) hahahahaha chega!

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