segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Rara

O travesseiro aquiesce
Toma a forma da cabeça
Estranha a nova estranha
Deforma-se conformado.

O edredom torna-se apoio
Para o pé ainda frio
Que outro pé em desafio
Tenta o calor devolver.

O lençol estranhamente
Reaquecido na cama
De um corpo em outro corpo
Entrelaçados como um só.

E à noite tudo balança
Oscilando fremente
Volve a vida ao corpo nú
Que agora descança quente.


Nenhum comentário:

Postar um comentário