quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Verdes-azulados (ou Canção Triste)

Hoje eu preciso chorar,
Tantas lágrimas me sufocam, meu ar,
Meu chão e minhas ilusões,
Se foram, há quanto tempo oro por dias melhores?
Acredito no amor, mas ele não é por mim...
Há tanto tempo venho me sentindo assim?
Que horas são? Meu despertador sempre me acorda antes,
Mas desse pesadelo, a manhã parece tão distante...
Vou acordar dizendo ao mundo que mudei,
Fazer o melhor café da manhã pensando você, ei,
Por que ainda penso tanto assim?
Não há mais nada de você aqui...
Só a sua escova de dentes e sua calça preferida,
Que é minha, mas à noite te mantinha aquecida,
Vou ajoelhar mais uma vez diante de uma mulher,
Dizê-la que ela é...o que ela não é,
Mentir pra mim pra fazer-te um Altar,
Onde qualquer outra que me aqueça à noite poderia estar,
Mas agora estou perdido...
Meus rumos, onde estão? Meus objetivos...
Olhando as estrelas eu lembro da Lua,
E da minha querida, a qual torno aqui minha Musa,
Nem parecia assim quando a vi sentada no salão,
Esperando um convite pra dançar um tão simples baião,
Ninguém sabe nada da vida como o tempo,
No outro dia eu te liguei, se bem me lembro,
Mas hoje somos tanta dor boba e inimizade,
Dói em você, ou só eu sinto meu coração partir?
Eu vivi uma vida com você em três semanas,
Pergunto-me se se algum dia viverei algo tão intenso,
E de novo, volto a estaca zero e ainda sou menino,
Me obrigando a crescer diante dos infortúnios do destino,
Quando eu grande estiver não só serei maduro,
Serei como o tempo lapida quem nasceu para o mundo,
São verdes-azulados, e lindo o seu sorriso,
Mas daqui em diante vão precisar de bem mais que isso.



Nenhum comentário:

Postar um comentário