Me habita
Abra as portas do meu corpo
Descubra-me as salas que escondo
Meus cantinhos empoeirados que não visito, as rachaduras que escondo com quadros ou enfeites.
Há tempos espero companhia para um café
Gente que converse com calma
Que não repare a bagunça, a cozinha sem vida (é que me falta um fogão)
A geladeira aberta já deixou tudo estragar
O que sobrou, te fiz um banquete
Lustrei meia dúzia de móveis
Varri o chão e passei pano
Estou aberto a visitas.
Pode entrar
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