quarta-feira, 18 de abril de 2012

Inverno

Não senti chegar o inverno,
Quando vi,lá ele estava,
Por detrás do monte calvo,
Donde pálido o Sol brotava,
Esperei o frio taciturno,
Embebedar-me em goles rasos,
Quando sai, cá fora ao rumo,
Meus pés tremiam a cada passo,
Vaguei sem rumo, com a sobrepele,
Que esquentou-me até a alma,
Foi um golpe, bem de leve...
O vento, tirou-me a calma,
Cantarolei uma trova triste,
Pra tristeza me aquecer,
Pois sem sorriso só existe,
Uma razão para viver,
E onde ela está, eu procuro...
Vago a esmo sozinho,
Há tempos vou, contudo,
Não espero achar o caminho.
Apenas vou...ai que frio!,
Ardem os ais da minha vida,
Ai que Deus iluminando,
Minha estrada hoje guia,
Sem a fogueira que me aquece,
Sem as chagas que me adoecem,
Como ando destampado,
Com meus peitos ao ar jogado,
O frio vem e me congela,
Sinto pouco, ai que frio,
O inverno é uma cama enorme,
Onde se dorme sozinho...





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