quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Super-Nova

Vez por outra o Sol acorda atrasado e,
Quando saio de casa, ainda está escuro.
Mas não faz mal, as luzes das ruas me mostram o caminho.
Eu que fui acostumado a acordar cedinho,
Agradecer ao Astro-Rei e contemplar as brumas das manhãs,
Tive que aprender a esperar pacientemente pela aparição dele no horizonte.
Seja bem-vindo, Sol! Derrame em mim a sua luz!
Vou seguindo os caminhos que trilharam os antigos,
Sigo observando as estrelas, próximas ou longínquas,
Enquanto ele atravessa a Eclíptica e as Constelações vem surgindo.
Não sou chegado a Astrologia. Prefiro Astronomia.
Minha Luz maior vem das sete irmãs, as Plêiades,
E nenhuma Antares brilha mais.
Sou poeira estelar- como todo o resto da matéria do mundo,
Por isso sei, que sou nada mais (ou um pouco menos) que átomos.
Sigo cascaviando, assim, procurando aqui e ali,
Entre um olhar devotado ao Céu e outro ao meu redor,
Ainda busco dentro de mim a essência da estrela,
Que numa explosão de luz e calor me fez ser o que sou.


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