Você não vem. Eu sei. E por que eu ainda sinto a sua falta?
Penduro suas roupas na corda como se você ainda viesse.
Noites longas, frio intenso. Morei sozinho,
Onde ninguém mais tentou morar.
Nem sente falta de rir-se das minhas palhaçadas,
Ou de acordar cansada depois de uma noite de amor,
Não sabe mais quem sou...ou será que só finge?
Estou a imiscuir-me nas suas histórias,
Tento entendê-las. Tento entender-me.
E tão amiúde me falta ar para continuar sendo assim.
Onde está seu rosto cansado ? (Quem chora agora sou eu!)
Pelas noites longas e os dias curtos do inverno,
O sol resolveu agora me abandonar...
Vejo pela janela, ali havia sempre uma musa,
A espiar a passagem da vida do lado de fora.
Onde ela está?
Daqui (e de mim) nada restou e eu mesmo estou a barganhar,
Com uns e outros o pouco que me restou.
E não adianta fingir que pagamos o aluguel,
Eu paguei sozinho, e nada ficou no lugar.
Mudei as estantes da posição de costume e você não reclamou!
Mudei a mesa: Você nem chiou!
Mudei a posição dos talheres: onde estava você para me impedir?
E agora quero me mudar: não por dentro mas, de apartamento.
Não posso viver aqui sozinho com tanas lembranças,
Depois de soçobrar a vida, nada volta ao lugar,
É a tal da entropia que molda nossos remorsos,
São meus olhos cansados que se despencam no primeiro descanso,
É minha panóplia tentando me proteger de sofrer.
Deixei-te ir daqui, desse buraco onde vivíamos,
Às águas-barrentas-furtadas de um velho coração.
Senti saudades, tentei chorar. Não consegui.
Não tenho mais sentimentos depois de nos ver morrer em meus braços.
Penduro suas roupas na corda como se você ainda viesse.
Noites longas, frio intenso. Morei sozinho,
Onde ninguém mais tentou morar.
Nem sente falta de rir-se das minhas palhaçadas,
Ou de acordar cansada depois de uma noite de amor,
Não sabe mais quem sou...ou será que só finge?
Estou a imiscuir-me nas suas histórias,
Tento entendê-las. Tento entender-me.
E tão amiúde me falta ar para continuar sendo assim.
Onde está seu rosto cansado ? (Quem chora agora sou eu!)
Pelas noites longas e os dias curtos do inverno,
O sol resolveu agora me abandonar...
Vejo pela janela, ali havia sempre uma musa,
A espiar a passagem da vida do lado de fora.
Onde ela está?
Daqui (e de mim) nada restou e eu mesmo estou a barganhar,
Com uns e outros o pouco que me restou.
E não adianta fingir que pagamos o aluguel,
Eu paguei sozinho, e nada ficou no lugar.
Mudei as estantes da posição de costume e você não reclamou!
Mudei a mesa: Você nem chiou!
Mudei a posição dos talheres: onde estava você para me impedir?
E agora quero me mudar: não por dentro mas, de apartamento.
Não posso viver aqui sozinho com tanas lembranças,
Depois de soçobrar a vida, nada volta ao lugar,
É a tal da entropia que molda nossos remorsos,
São meus olhos cansados que se despencam no primeiro descanso,
É minha panóplia tentando me proteger de sofrer.
Deixei-te ir daqui, desse buraco onde vivíamos,
Às águas-barrentas-furtadas de um velho coração.
Senti saudades, tentei chorar. Não consegui.
Não tenho mais sentimentos depois de nos ver morrer em meus braços.
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