quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Poesia às estrelas

Abraça-me! São estrelas
Cintilantes no céu, nos saúdam
Vêm-nos como pontos, sim pontos!
Correndo pela pequinês do nosso planeta...

O céu não se cala e não espera a noite
Mesmo atrás das chuvas a noite é bela
E algumas vezes, quando temos sorte
A lua sai por detrás do cinza
Banha-nos com a sua grandeza e seu brilho
Mostra-nos uma minúscula parcela do Universo
E parece que acabou de sair do banho
Como se a simplicidade fosse
Nada mais que um banho e uma visita
Àqueles que nos admiram e nos guardam.

Saúde-a de volta, vai! Mostre-a
Que temos um universo inteiro em nós
E que ele manda um olá, mesmo que tímido!

Sento-me à janela às vezes,
A observar a rua...
Transeuntes, vidas seguindo e sendo seguidas
E nós nos parecemos tão grandiosos e importantes
Menos para as estrelas que habitam os céus
De tão longe não se enxerga
Que não somos um grão de areia perdido no espaço
Vemo-las imensas, mas elas não nos vêm
Posto que somos ínfimas lembranças
De um passado distante e nada mais.

E quando olho o céu e é dia
Penso que as estrelas são brincalhonas
Gostam de esconderem-se durante o dia
São como as raposas e as onças
Caçadoras noturnas
As primeiras de alimento, a última de admiradores.
Vaidosas xingam, quando chove em mim
Posto que amo as chuvas e esqueço o céu
Tenho nas chuvas uma companheira de serenidade
Acalma-me o seu gotilhar pelo telhado
E sei quando está e quando já foi embora...
Assim, sou um a menos a ansiar pela visita
Do resplandecente brilho pontilhado
De Sirius, Alcione e Betelgeuse
Fazendo o fundo azul escuro tornar-se
Pano de fundo para mil sonhos e suspiros.

Às estrelas distantes,
O centro do universo ainda está fora dos homens,
Graças à Deus!

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