segunda-feira, 8 de junho de 2015

Nenhum verso

Nenhum verso, nenhuma palavra, nenhuma sílaba
Nada, nesse Universo de perdições, de mágoas vívidas
Não resta em mim uma gota do orvalhado afã
Que motivaram meus dias de ontem, para o amanhã.

Não restaria em mim em vida uma Orquídea,
Uma Bromélia ou um Lírio vermelho em meu jardim de traumas
Que a cor aos meus olhos enfim devolveria
E viver fosse de novo uma noite alva.

As castas flores e as brancas revoltas vagas
Dos perfumes e frescores já esquecidas
Em meus olhos quando pousam no pensamento, enternecidas
Aquecem-me o peito com lembranças parcas.

E agora, com esperança de sorrisos, já despetalada
Chora a rosa em seus funestos dias
A recontar histórias de seus amores
Para quem delas foi protagonista.










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