segunda-feira, 15 de junho de 2015

Seis Vidas

Seis vidas e um sorriso pavoroso
Rosto de deixar marcas com copos vazios.
Caminha, se vai; se voltar...resisto!
Chegou: "- Tem um cigarro?"
Que pergunta! Não...respondi.
Então quer um? Tenho dois...
A noite seria longa demais e fria
História de diversão de segundas
Sempre as piores e mais divertidas.
Saímos sob os olhares de suspeita
Aquele céu havia sido pintado de nuvens há pouco
Quando voltei a vê-lo, que loucura!
Estava salpicado de estrelas, como em Carolina.
A rua nos chamava com bafo de aguardente.
Então o mundo girava e eu sentia,
Como uma aversão aos acidentes domésticos,
Precaução, cautela e passos lentos
Má combinação pra quem sai tão pouco.
Eu estava tão bonito, nem parecia com meu pai
E a maldita entradinha na parte esqueda da testa
Quase calvo como o velho...Eu reluzia feito ouro
Ela não notava nada em mim. Estava enternecida, porém,
Com um olhar mal criado num scarpin marrom escuro
Pernas fortes, rosto fino. Veloz e inteligente na língua
Seduziria até uma rocha, se o quisesse fazer...
Tudo era anormal naquela noite
Estavamos imensos, solas de sapato gastas
Quilômetros rodados a pé
Não disse uma palavra por infinitos minutos
Nem ela...Nada fora dito.
Até os lábios se curvarem em direção ao outro.
Ouvimos um sussurro. Nada mais.

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