terça-feira, 2 de abril de 2019

Quem souber teu nome

Minha pele Saara, cabelo guiné.
Não há Oásis na solidão.
Distância é o sobrenome da saudade
Meus olhos a procuram, procuram em vão.

Quem souber teu nome noutros cantos
Há de contar-me dos seus dias
Dos seus risos que me foram tão caros
E do balouçar que me inspirou poesias!

Toda noite, antes que me tombe as pálpebras
Passeio pelas nossas lembranças
Visito nossos planos e nossos momentos,
E a falta imensa que meu corpo desmancha...

Trago a voz rouca de gritar meus versos
E hei de cessá-la em um dia vindouro
A tristeza corrói-me em um luto eterno
Por negar meu riso e abraçar meu choro. 

E apesar desse medo crescente
Permaneço fiel ao meu pensamento:
Antes vê-la distante e sempre contente,
A vê-la penar em meu eterno sofrimento.


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