terça-feira, 6 de agosto de 2019

Balança

Minha balança é desmedida:
O bem e o mal são desiguais. 
Prêmio Nobel e miséria…
Também é fantástica a realidade.

Abismado, questiono o que é real.
É o convívio com o fascínio...
(Não confundir com facínoras, por favor
Nem com fascistas…
Fasc...faz que a gente se acostume
Com o ódio, com o pouco, com o pior.)

Sobre mim recaem expectativas
Como uma névoa que cobre o asfalto
Diminui a visão e me cega quando devia estar atento
Ouvindo os rumores e sussurros
Ouviu dizer que o dollar vai aumentar de novo?
Pois é, pois é...do que importa, não é?

Minha moeda é real, não só no nome
Não especulo, não bajulo senhores de monóculos
Na bolsa, só aposto que não acho minhas chaves
Dentro da minha bagunça e correria
Vou levando o dia, vou por ele sendo levado
Enquanto olho crianças indo à escola sozinhas
Pés mal cobertos, roupas humildes
Aquela camisa surrada me é familiar
Não tenho parentescos com escola particular.

Ser bom na vida, antes de e ante a tudo.
Sem seguir palavras ou escrituras.
Sê bom, vai, anda no que de melhor sua sorte trilha!
É um sorriso que arranco o que colore a poesia
Não a famigerada grana, 
Essa máquina de moer vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário