Pilhéria da sorte os teus lábios
Dois magos de opostas magias
Em um o tropeço dos sábios…
No outro a ilusão dos artistas!
Milagre do século presente
Na química do teu beijo a alquimia
Transforma um sorriso descontente
Em balaustrada de marfim em euforia.
Não nego que vivo aperreado
A me ver derretendo em tua saliva
Tua língua é quase um atentado
Tua mordida é caso de polícia.
Se o destino me tiver merecedor
Decerto morrerei em razão disso
Ou me vou ao sentir o teu sabor
Ou me nego a viver sem teu feitiço.
No banquete que habita o teu rosto
Meu desejo é tão simples, te digo
Outra vez vir a sentir o teu gosto
Fazer da tua boca meu abrigo.
Mas na sorte e no amor sou desmedido
E sua boca, bem sei, é itinerante
Sonharei em tornar-me o preferido
Morrerei como um louco delirante!
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