terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Concerning the meaning of life

Hoje eu vi um homem morto na rua, quando eu passava de ônibus. As pessoas olhavam das calçadas e os demais passageiros conjecturavam sobre os motivos da morte. Fiquei pensando sobre isso...
Os carros passavam, as pessoas seguiam suas vidas, comprando, vendendo, andando, correndo, e o cadáver no asfalto, como se não fosse nada, ou se não tivesse importância. Isso foi por volta das 16h de hoje e acredito que até agora, as 20h e 10 min, não deve ter chegado o rabecão. Isso me fez pensar sobre a vida e o que ela significa para as pessoas.
Um homem morto na rua não para uma sociedade, e nem deveria. Políticos desonestos, mais do que isso, descaradamente corruptos, não param a sociedade, mas deveriam. O jogo de futebol do século para a sociedade, mas não deveria.
Qual a importância de se viver hoje? Fazer seu melhor, ser mais um e colaborar da melhor forma pro todo é uma opção. Ou não? Concentrar-se em obter o melhor pra si e ignorar a necessidade dos outros seria uma ótima opção se não dependêssemos das outras pessoas pra vivermos. O filho de alguma Dona Maria não vai voltar pra casa, mas quem está preocupado?
Viver é questão de status; se vive pelo dinheiro, e não através dele; se vive pra ter poder e controlar outras pessoas; se vive apenas por viver, sem perspectiva de futuro. Aliás, essa última é que mais vejo atualmente. Vive-se pra tudo, menos pra fazer-se feliz por si próprio. O mérito do que é felicidade não é objeto desses pensamentos fúnebres de agora, deixemos pra depois.
O fato, é que a vida, ou que pensamos que ela seja, hoje é algo tão banal que passe despercebido no cotidiano.
Não sei dizer por que viver. Deve-se valorizar a vida? Pessoas vivem à beira da estrada, outras nas encostas de morros em lugarejos distantes da "civilização",em pequeníssimas sociedades. Não conhecem Shoppings, grandes hoteis, boates de luxo, praias badaladas. Essas pessoas são felizes? São tristes? Vivem bem? Vivem mal? Como classificar a qualidade de vida com base nos valores que temos hoje, incrustados nas pessoas como carrapatos que deturpam a nossa própria visão do que queremos ou não, do que devemos ou não fazer?
Tenho muitas perguntas, muitas dúvidas a respeito da vida e até agora, nenhuma resposta.

2 comentários:

  1. Pois é... O valor de uma vida e o que é valorizado numa vida são coisas subjetivas demais. E por mais que seja bonito pra humanidade acreditar que se preocupa com a vida do próximo (não no sentido de fofoca), preservando-a com a dignidade, não passa de balela. Sabe, a biologia e algumas situaçõs fizeram e fazem eu encarar vidas e vida de uma forma bem fria, racional e sem muita esperança de que vou ver coisa melhor enquanto viver... Homem morto? Faz parte do ciclo, o que pega é o contexto (sofrimento? miséria? abandono? raiva?) e quem tá de certa forma envolvido nisso, quem fica. Quem fica, quem tá nesse processo de abandono (social e afetivo) tendo outras alternativas me sensibiliza mais.
    Acho que to ficando fria em relação a isso porque na real só me esforço pra ajudar quem tá no meu alcance, pra situações que sinto que estou de mãos atadas, nem gasto energia, seria um desperdício, me faria mal e eu também tenho direito de me preservar.
    Sobre pessoas que não pertecem, que viem a parte dos padrões que a gente tá acostumado... Eu acho que tem muita gente é que transcende nosso idealzinho de vida boa e "felicidade" e dá conta do recado com os recursos que tem em mãos sim, viu?
    Blá blá blá... chega

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  2. Adorei o comentário! Acho que você se situou bem no que eu queria dizer.Essa situação que você descreveu em relação aos outros é ruim, no meu ponto de vista.Prefiro nunca ser racional em relação a humanidade. Ficaria louco...

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