sábado, 30 de novembro de 2013

De amor e amar

Ontem vi-me nos olhos de quem amo
Com tenra idade, um espelho de ver o passado,
O choro febril fez-me miserável,
O dilúcolo brilha intenso. Mas não para mim.

Ao longe em vermelho queima o horizonte,
O calor derramado queima meu sorriso,
O dia nasce, eu morro pouco a pouco,
Vence o inimigo, meu lobo insaciável.
Esvaída a força, sou corpo vago. Mais nada.
Passei da hora ao sorver da vida,
Aquilo que inspira a olhar Selene,
No âmago das tribulações me perdi,
O que mais restará para mim?
Por que amar me é uma falta perene?

Calo minha caminhada sozinho
Sou boa companhia em silêncio,
O que sou ou fui já nem importa,
Amei demais e quem ama está só
Sou tão egoísta que me dou em pedaços,
E quem se diz amante do meu todo,
Não vê onde eu falto.

Desculpe se amo em excrescência,
Quem você teve já não me habita mais
Seu olhos derretem em gotas cristalinas
Não demora esquecerei minha alma,
Em um canto qualquer,
Com qualquer uma que me absorva.
Perdoa se morri em seus braços,
Mas eu mudo e morro com frequência,
E só reencarno noutra paixão.

Sofro de ausência pois não me encontro,
E amar-te seria meu sonho,
Se não fosse meu maior pesadelo.


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