Aquele animal
chamado amor
Preso no cárcere do
peito
Engaiolado nos meus
olhos,
Tão maltratado nos
teus seios.
À quase mil
quilômetros de mim
A caçadora sem
coração
Acertou um tiro
certeiro
Abandonou a carcaça
ali no chão.
E eu, que me
alimento desse bichano,
Cacei-o por tanto
tempo nas ruas
Pra vim uma amadora
no ramo
E decretar minha
fome da carne sua.
Talvez solto esse
animal não padeça
Como padece dentro
de mim
E eu mesmo ele não
mereça
Pra matar minha
fome, por fim...
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