Eu pisei na flor do asfalto
A ebúrnea flor; pétala virente
Eu pisei tentando ser homem
E fui! Mas queria ser gente.
A flor me sorria há semanas
Nas minhas cheganças e idas
Desabrochada e comedida
Ao sol de luz e esperanças.
Mas meu amor arranca tudo
Da terra; raiz, caule, até espinho
E logo o que era jardim no meu dia
Consegui tornar só mais um caminho.
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