domingo, 1 de junho de 2014

A procurar por ti

Da janela do meu quarto,
Onde meus sonhos começam,
Te vejo nas estrelas, plena
Uma constelação inteira
E te desenho, como se eu,
Do alto da minha insignificância,
Pudesse alcançá-la.
Tão longe de mim estás e,
Ainda assim,
És me a unção Divina,
O Nirvana cármico da contradição.
Respiro-te e me sufoco,
Quase morro todos os dias,
E me vou envolto em flores,
Olhando o girar do céu sobre a noite,
E o girar da noite sobre mim,
Pois enxergo em cada giro,
O revolver dos seus cabelos,
Encaracolados como meus pensamentos,
Que rodam no céu
A procurar por ti.

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