Tanto fiz por fazer
sem sentido
Que me sento hoje
só, a pensar
Em estes tempos de
lembranças, já idos
Minha confissão
frente ao espelho:
“- Eu te amo! Eu
te amo! E como te amo!”.
Mas não há verdade
na mentira – processo de convencimento
Não conheço o amor
e nunca o conheci – fato!
Tive um tesão que
me saltava à pele
Trespassava meu
corpo sem pedir licença
E todo o resto era
gozo, gritos e volúpias,
Como se a minha
essência fosse a cama,
O meu corpo fosse o
corpo do outro
E o sexo a
encarnação tardia da minha alma
Cada dia num corpo
diferente,
Numa cama mais ou
menos quente,
Num prazer mais ou
menos inconsequente,
Usando corpos como
peças de xadrez.
Eu sou o outro e
nada mais.
Minha satisfação é
o gozo alheio
Da mulher que geme e
goza
E o seu esporro
jorra sobre a minha carne quente
Como se fosse o meu
corpo também o dela
E aquele instante de
prazer infinito.
Eu preciso da vida
agitada
A cama desarrumada
feito os meus cabelos.
Eu preciso das
pernas depiladas – minhas e delas
Do batom borrado nos
lábios nossos
E dos arranhões nas
minhas costas.
E cada marca de
mordida é um troféu – e eu os coleciono todos!,
E quero para mim o
que houver de melhor.
Que abuso, molestar corações!
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