Ainda me queres?
Não me dás ouvido
E o não me ocorre…
O frio percorre
Da minha garganta
Ao meu ventre.
A porta estou
aberto:
Entre(me)!
Invada minha
nascente
Devolva-me à
superfície
Do seu corpo
Ou às profundezas
Do seu seio farto.
Já que o tempo é
tardio
Sinto-me velho,
agora
Amando o nada de
olhos
Fundos e doces
Pálpebras luzentes
Palavras virentes
Naturalmente
carinhosas
Saindo de tua boca.
Delicio-me com o
vazio
Tuas respostas
inexistem
Mas no silêncio
No profundo do meu
peito
Sinto-te, sinto que
me olhas
E ainda me queres
E me ouves calada.
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