terça-feira, 17 de maio de 2016

Inexpressivo

Salvem-me de mim,
Meu corpo pede.
Transcende a alma
Aos gritos: pranto.
O inconsciente implora
O consciente devora
Toda forma de expressão.

Terremoto em mim,
Enfim, tudo chacoalha.
Caíram as vigas da moral
No chão, vejo meus cacos
E a inerte massa orgânica
Vendo-se consumir
Se quer objeta.

Abjeto. Objeto. Inexpressivo.

Augúrio! Bandeiras erguidas
Pedras nos olhos
Mar revolto sob mim.




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