terça-feira, 24 de maio de 2016

Esperanças não mortas

Crepitando como lenha no fogo
Os galhos das árvores agonizam de frio
É inverno na terra onde moro.
Abandonado pelo calor, olho da janela de casa:
Rostos cobertos, corações desertos, desamores.

Os olhos da carne são insensíveis
Mas podem ainda ver o que nos é tangível.
Os corpos a tremelicarem se apressam
Correm para a condução,
Todo frio nos faz esquecer um pouco
A doçura da vida, as fagulhas que queimam os gravetos
Nossas esperanças não mortas hibernam
Esperam o calor
Renascem em outra estação.


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