sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Autopoemas em Série V

I
Essas marcas que trago...que marcas são?
São da sua voz e silhueta no escuro
São dos dias passados em claro...
E essas portas que estavam abertas
Fechadas a cadeado me encerram
Dentro do menor infinito dentro de mim.


II
O meu corpo é um tatame
No qual travei as maiores lutas e as perdi.

Sem esperanças...cadê?
Sem amores...(logo eu!)
Sem rumos (eu me perdi?)
Sem palavras doces (silêncio...)

III
É madrugada...todos dormem!
Dorme o meu amor também

Sem saber que escrevo agora
Com olhos vermelhos da noite pálida
Com um relógio velho no pulso esquerdo
Desejando voltar as horas e não os ponteiros
Desejando retorno do belo que vivemos.

IV
Minhas derrotas marcaram meu hoje
Sou fruto dos viés que meu corpo impôs
Lutei contra mim o tempo todo
De peito aberto, expus minhas fraquezas:
Amar demais, confiar, ser humano.
Ah, como dói ser feliz!
Não tenho mais nada além de memórias foscas
Não sou nada além de luz apagada.



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