quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Regalo


Palavras me regam
E a cada conversa eu cresço um pouco.
Ouvidos atentos me nutro
Silaba por sílaba se faz banquete.


Talvez eu seja uma planta letrada
Com meus pés enterrados
Sobre uma página da vida
Dessas complicadas, de parágrafos filosóficos
Atordoado entre figuras de linguagem
Que me fazem um obeso da erudição.

Não que eu absorva tudo com minhas raízes.
Palavras precisam ser degustadas
Se quiserem ser bem digeridas
Dai a voz amiga, vetor de propagação.


Nos dias me torro se chovem palavras.
Bom é que a chuva deixa a noite amena
Com preguiça e satisfação
De quem tá fazendo o que é preciso ser feito.

Vou me cuidar com tuas palavras
Sentir-me em eterno crescimento
Meus frutos sempre serão versos e estrofes
E novas palavras descerão de meu galhos
Boas mensagens que meu rosto transmitirá.




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