Já não há poeira nas estantes
O chão reflete a minha imagem.
Os espelhos me mostram velho
Os talheres todos guardados
E tudo está onde deve estar.
Como não há livros fora das prateleiras
Sobrou-me tempo, após as séries e filmes
Após as leituras intermináveis
Depois de aprender tantas coisas sem sair de casa...
Sobrou-me tempo para ver que o relógio não anda.
Faltou ensinarem-me que não há receitas
Que os livros de autoajuda sempre são falhos
Que os olhos não respeitam a razão
E que a saudade não se cala com distração.
O tempo chega, ensina a fazer crochê
Conversa enxugando meus olhos
Promete que não se vai sem estancar meu choro.
Consola-me, me nina até dormir.
Mas o meu peito reclama em soluços
A vizinhança se aborrece com o silêncio
Não sobraram sorrisos para por no rosto
Pois o final de nós foi como todos os começos um pouco antes de começar.
O chão reflete a minha imagem.
Os espelhos me mostram velho
Os talheres todos guardados
E tudo está onde deve estar.
Como não há livros fora das prateleiras
Sobrou-me tempo, após as séries e filmes
Após as leituras intermináveis
Depois de aprender tantas coisas sem sair de casa...
Sobrou-me tempo para ver que o relógio não anda.
Faltou ensinarem-me que não há receitas
Que os livros de autoajuda sempre são falhos
Que os olhos não respeitam a razão
E que a saudade não se cala com distração.
O tempo chega, ensina a fazer crochê
Conversa enxugando meus olhos
Promete que não se vai sem estancar meu choro.
Consola-me, me nina até dormir.
Mas o meu peito reclama em soluços
A vizinhança se aborrece com o silêncio
Não sobraram sorrisos para por no rosto
Pois o final de nós foi como todos os começos um pouco antes de começar.
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