quarta-feira, 22 de abril de 2020

Soneto

Hei de morrer só, com a mão vazia,
Sem outrem a segurar minha mão.
Hei de cantar minha romaria
A louvar a sorte da solidão!

Nenhum beijo de mãe, irmã ou de tia,
Nenhum abraço, nenhum choro em vão....
Cairão lágrimas na terra fria
Nenhuma, porém, sobre meu caixão.

Meu único amor será liberto
Meu peito por flores será coberto
Meus olhos, finalmente, fecharão

Deixarei pra trás minha fantasia
Não fui feliz em vida nenhum dia
E nada sobre mim escreverão.

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