domingo, 24 de maio de 2015

Beijando Palavras

Peguei-me pensando em poesia
Beijando palavras, encontrei teus lábios.
Descobri que é no som das frases ditas de coração
Que os olhos brilham e encontramos,
Dentro da escuridão dos dias vazios,
A degustação dos prazeres perenes,
Que habitam as pequenas coisas.

Sim, são escuros meus olhos castanhos
Meu olhar é mais escuro ainda, cor da tua pele,
E no cansaço que o horizonte esconde
Estão meus olhos, a te procurarem
Como se houvesse um pedaço de ti nas coisas,
Não em todas elas, mas nas melhores,
As que nos fazem amar os segundos,
E não conhecem relógios, conhecem o tempo
Posto que esperam por ti na eternidade da tua presença

E quando tu passas os teus caminhos orvalham
Transparecem a memória da terra
Que lembram de ti quando nela as flores crescem,
Quando os primeiros raios de sol tocam o solo
E os vermelhos da manhã se vestem de folhas
Por quê o melhor do amanhecer é verde
Como teus olhos cor da mata,
O mesmo verde que abraça a luz do sol
E cresce no seio do calor desse abraço.

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