quarta-feira, 6 de maio de 2015

Guerreiro-menino

Guerreiro-menino,
Fiho da mata
Criado ao som do atabaque
Passado distante
Tambor vibra
Bate no peito a saudade
Chama a ancestralidade
O chamado ecoa
O ouvido não ouve
Quem ouve é a alma
Na voz da Jurema
O passado te chama
O banzo é doído,
Seus olhos bem sabem...
A dor sem explicação
A falta essencial
Os mistérios ressoam nas árvores
Sussurram ao pé do ouvido
Seus pés querem ir sentir a maré
Ver a Lua maior
Quem sabe o espírito é liberto
No pé do Jacarandá
No tronco do Ipê?
Guerreiro-menino,
Fiho da mata
Criado ao som do atabaque
Passado distante
Tambor vibra
Bate no peito a saudade...

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