domingo, 1 de julho de 2018

Sou onde, não quando

Vou dormir sem o dia em mim dormir.
É como palavras decantadas no fundo da boca
Não há fim para o silêncio do meu deglutir
E toda frase sem nexo eu encaixo aqui.

Um poema mudo ou de voz rouca
Basta ler umas páginas para nos encantar
O que há em mim o mundo não conhece o sinônimo
Sou onde falha o dicionário
       Onde morrem os inválidos
       Onde não tem sentido a palavra
       Onde a garganta desafina
       Onde os olhares são um completo vazio.

      

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