domingo, 26 de fevereiro de 2012

Wo ist man zu Haus?


A casa minha não tem mais endereço,
Muda comigo por onde eu vou,
Não parto com o coração partido,
Mas levo comigo a saudade dos amigos,
E as boas lembranças que o tempo formou.

Sou eu mesmo a minha pátria,
Um território sem fronteiras ou exércitos,
Sou fiel as leis rigorosas que me norteiam,
Meus valores antigos, meus valores presentes,
Sou o Eremita que vaga no deserto urbano,
Sou uma alma sem corpo, passeando pelos 2 mundos,
Um sóbrio, feito de sonhos concretos que é meu presente,
Outro fantástico e paradisíaco que é meu passado...

As aventuras que me proponho a viver,
São o norte e sul do meu país,
São os mares, as matas e relvas,
São o céu azul sem estrelas, com o sol poente ao longe,
São como eu: desconhecido em essência,
São como o universo, repletas de mistérios,
E, mesmo planejando minhas idas,são incertas as minhas voltas,
E como detesto despedidas, vou, pois é chegada a minha hora.



 

2 comentários:

  1. Autonomia, uma liberdade madura, desbravadora... Firmeza e segurança de quem sabe o que acredita mas está sempre em busca... Muito inspirador o texto... Daqueles que a gente enche o peito e faz cara de "poxa!" quando lê...

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  2. Obrigado pela crítica, mocinha...tenho tentado voltar-me à essência do que me fez criar esse blog mas minhas palavras tem se perdido no meio do caminho...ouvir boas críticas me faz continuar perquirindo por uma boa e verdadeira poesia!

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