terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Aqueles olhinhos...


Então ficamos desse jeito,
Eu fingindo que não me importo,
E você que está feliz.
A felicidade é um mistério,
Estou certo que há algo além,
Mas até lá eu espero,
Na frente de um espelho,
Refletindo também.
Vou ficar pensando em nós,
Lembrando de que não há o que lembrar,
Nem mesmo houve um nós,
Houve um leve tocar de lábios,
Rápido e depois, você fugiu,
Pra fora do alcance dos meus braços,
Além do que meu caráter permite ir.

Então voou pelo horizonte,
E pousou bem perto de mim,
Nos galhos fora do meu alcance,
De longe você me sorri,
Se chega e vai tão ligeira,
Parece que flutua no ar,
Traz uma paz passageira,
Que voa junto com seu olhar.

2 comentários:

  1. Confissão (M. Quintana)

    Que esta minha paz e este meu amado silêncio
    Não iludam a ninguém
    Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta
    Nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios
    Acho-me relativamente feliz
    Porque nada de exterior me acontece...
    Mas,
    Em mim, na minha alma,
    Pressinto que vou ter um terremoto!

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