domingo, 15 de janeiro de 2012

Inspiração


Sem inspiração, um poeta morre,
E seu peito vazio apodrece,
Entregue a sua própria sorte,
Sem as palavras que o apetecem.

Como as brumas do céu matutino,
Abandonando o azul celeste,
Sob as mãos de um beneditino.
Enquanto uma voz canta uma prece.

Quando das horas vazias de sentido,
Que as ruas tornaram gente,
Lá vai sua alma pendendo ao infinito,
Enquanto o corpo descansa quente.

Olhares vagos observam sem ver,
Que um choro contido se esvai,
Pelas lágrimas das folhas em branco,
Que suas palavras não irão receber.

4 comentários:

  1. Que bonito!! Tipo, bonito pra caralho assim...

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  2. Hehe...Estou evoluindo? Será que posso dizer que um dia vou chegar lá? Obrigado pelas palavras...seus elogios me fazem seguir em frente!

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  3. É cara... Tipo isso mesmo, tá melhorando sim... A primeira estrofe tá avassaladora!!rs Não sou boa pra descrever o que sinto quando leio, mas é você expressando o que sente por esse "ofício" de brincar e criar coisas bonitas com palavras... E tá com sentimento, não é em qualquer rima que tem esse temperinho, saca?

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  4. Uhum...sei bem como é...e agradeço muito por você acompanhar o blog...é muito importante pra mim! Obrigado pelo "avassaladora" !!

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