Abrir
mão de toda a essência
Par
ser um camponês de ideias
Sem
toda a sofisticação computacional
Sem
a pompa dos títulos acadêmicos.
Ser
um pastor dos próprios pensamentos
Sem
mesas de formação intelectual
Sem
debates entre teóricos opostos
Somente
si e o próprio silêncio
O
âmago das coisas somos nós
E
a filosofia primeira é a vida
Sem
filosofias, somente viver.
O
quê é então a solidez do conhecimento
Senão
perguntas irrespondíveis?
Quem
somos nós...para onde vamos...
Quando
conseguiremos a paz mundial...
Quem
é Deus? Quem é Deus de quem?
Perguntas
vazias, perguntas sem respostas
Que
nos fazem pensar no externo,
Sem
olharmos para nós.
Temos
computadores, mas não temos paz.
Temos
internet, mas não temos paz.
Tem
astronomia, mas não temos paz,
Técnicas
fantásticas, máquinas fantásticas
Mas
o que temos, não somos.
Não
podemos ser máquinas, mas podemos, sim,
Ser
pensamentos, ser os representantes
De
nossa própria filosofia
E,
no fim, ninguém recordará de nós
Só
de nossas máquinas, pois,
Até
agora, foi nelas que nos tornamos.
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