Conheci a poesia
quando eu me calei
E, no meu silêncio
vi que mais bonito era,
O som das árvores,
o azul sereno do céu,
Ou a passarada a
gralhar e bater asas.
De galho em galho a
vida animal se faz,
Seja com os macacos,
seja com as aves,
Ou com as onças a
caçar ferozmente.
Tudo na natureza são
árvores e rios
E nascer do sol e
céu e ar e terra.
O resto, é invenção
do homem.
Chamo a natureza de
vida pois a sinto,
E nunca senti-a nos
escritórios,
Ou nas repartições
ou atrás dos balcões.
Acho, porém, que
nessas masmorras de se empilhar dinheiro,
Morrem mais sonhos
do que nos penhascos,
E sonhos –
felizmente para mim,
É o quê de mais
bonito alguém pode ter.
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