domingo, 22 de março de 2015

Poesia do Silêncio

De vez em quando tudo é silêncio
Árvores e rios e estradas e a gente.
Eu me torno parte de tudo, de repente...
Deito em meu silêncio
Sonhos que me tomam, memórias que navegam minhas ideias
Pessoas que não posso mais ver
São meus olhos que turvam inebriados
São as horas que me ganham na corrida
Passam mais depressa que eu
E afugentam minhas vontades
Controlam minha força e os meus gritos.
Sou silêncio ante às atrocidades do mundo
- Morte que beija alguém na aurora da vida,
Os ares que são enfumaçados demais,
E o amor que cada dia se esconde mais.
Talvez um dia saiamos da caverna interior
Do nosso instinto primata
Mas, por enquanto,
Sou silêncio e escrita
Silêncio e medo
Silêncio e olhar à diante
Silêncio e positivismo
Silêncio e angústia,
E nada mais.

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